A una de las más bellas Lobas!
Uma flor despetalada não precisa ser, necessáriamente, velha. Suas pétalas podem ter sido tiradas, uma a uma, na brincadeira do bem-me-quer, mal-me-quer. Ou então, espalhadas pelo chão para atapetarem o caminho de algum caminhante especial. De uma forma ou de outra, ela nunca deixará de ser uma flor.
Mas esse não é o caso da mia Bella Loba. Tens o vigor da juventude, mesmo tendo passado dos trinta. Tens o frescor da rosa recém desabrochada e a maciez das pétalas umedecidas pelo orvalho da madrugada. Tens a ternura guardada no olhar de um bebê e a doçura do mel recém formado no favo. Tens a disposição de uma loba cuidando da matilha e a bravura dos guerreiros medievais. Exerces um suave poder de sedução a ponto de estarmos todos reunidos pelo teu chamado e agregados pelo charme que espalhas singelamente. Tuas letras não se subvertem, já que são o que são, eternamente reinventadas ao bel prazer da tua inesgotável inspiração. Contas com o amor de uma legião de fãs, entre os quais me encontro, humildemente à espera de um sorriso. Talvez não tenhas noção do poder que exerces sobre tantos, mas sabes exatamente como e onde atingir o coração de cada um. És única e nunca estarás em branco. Teu reinado é sensível, colorido, alegre e sensual. Tuas letras nos oferecem esses mimos.
Não és mulher de meio a meio. És mulher de inteiros. E de intensos. Sabes-me, bem o sei. Mesmo derretendo-se, meio-seiva, meio-sangue, meio-rio, não permitirei que me escorras pelos dedos. Meus lábios, suavemente, sorverão gota a gota, deliciando-se com cada sabor, com cada aroma.
Deposito aquí, aos teus pés, doces beijos, resgatados com suor e sangue. Deixo também abraços, daqueles que enlaçam e apertam sem sufocar. Um suspiro profundo no contato com a pele do teu pescoço e olhos enluarados, encantados.
Tua ou teu, amiga ou amigo, secreta ou secreto.